Estava la sem você e ao ver você passar eu chorei...
de piedade de mim mesmo por não poder fazer nada eu ali fiquei,
parado, insano como um doentio medíocre e sozinho,
que vendo o dia passar sem ter você e ao som dos meus ídolos eu chorei,
me lembrei de como era a dor de ficar sozinho
e fui roubado de mim mesmo por um instante de solidão,
me senti um traço de incerteza do futuro que não veio e falei pouco,
pois o muito era insuficiente para me expressar ali,
sua maldade representa a minha incapacidade de sentir,
poder pelo menos ter ódio de alguém que nunca vi,
pois você me fez sentir assim,
tudo o que passei foi por ter o pecado de ter feito o que devia fazer,
ajudar nas horas que precisou de ajuda sem cobrar nada de você,
passei a ficar a escolha de tudo o que era óbvio mas não era para mim,
fui atacado por ser inocente e ter amado ou sofrido de algo que não devia,
um vicio que não teria cura se fosse real,
ainda bem era só imaginário das minhas solidões,
tento chorar mas a lágrima não me obedece e se esconde dentro de mim,
fugindo dos meus sentimentos passa a mentir para mim,
sendo que em meu ser ela já não existe mais,
pois foi embora com tudo o que nunca tive e nem perto de ter eu cheguei,
afinal o dormir de um sono leve não representa o sonho de uma vida,
o vento que bate na representação da brisa não é mais que um carinho,
que é feito por alguém que realmente me quer e quem dirá se me deseja,
os nomes que sei já não são pronunciados por minha boca,
mas amar quem não se deve parece necessário para me acalmar,
pois o odiar não passa de um mero despeito de quem não aceita o certo,
buscar paz no que os outros observam como guerra é uma dádiva,
a rua passa a ser legal se vermos os bons que la estão,
dai a verdade que cheguei é apenas uma,
que a vida sem amor não é vida e parando para pensar,
não achei lógica de uma vida sem amar e por mais que eu sofra,
o que mais me deixa feliz é amar sem ao menos ser amado,
afinal amigos, família, pessoas especiais e é claro você mesmo...
deve ser amado.