vi um velho sentando na bera dum poço
com um maço de fumo um cigarro fazia
mando eu me acenta e para de mastiga pois devia evita a azia.
Fomos para bera de uma sombra de algaroba
ele disse que era bom de prosa
fiquei cabreiro e em duvida
e disse velho bora prosia
pois nessa passada o dia vai acaba
e tua historia tu não vai conta.
Puxando seu cigarro de fumo grosso
conto-me do dia em que Lampião no sertão só deixo o osso
da cidade onde teve a guerra de princesa
onde Lampião fez sua maior proeza
e levo pro inferno mais de 700 cabeça
dos macaco que a de vim buscar seu encalço com tanta frieza.
Lampião era cabra macho
Maria sua comida fazia em um grande tacho
se acentava em bera a fogueira
e na hora da janta dois homem do cangaço
das costas de lampião cuidavam sem demonstrar cansaço.
Em todo o sertão, se tinha uma visão do cão
era a de ver o bando de lampião
que de onde vinha a bala comia
o sangue pelas valetas corria
e os homem macho gritava de agonia.
Pois é seu moço só lhe digo isso porque quando me escondia
Lampião aponto em meu coração e me disse
"cabra por respeito a Virgem Maria tu a de sobra
e essa historia da passagem de Lampião tu a de contar
para que ninguém se esqueça de alembra
que Lampião o rei do cangaço respeita a vontade de Deus e dos bom de coração"
Quando ele se recolheu
meu coração forte bateu
minhas perna logo amoleceu
e de medo meu corpo desfaleceu.
Ei de agradecer a Virgem Santa
pois da arma de lampião ela me escondeu em sua manta
e o diabo do sertão se abrando o coração
e deixo esse pobre velho fazer essa doação
que é contar mais uma historia de lampião.
Um comentário:
vixi ai sim hein.. eita cordel bom de ser ler rapaz!! ta certo q não é mole tbm ler de primera e entender todas essas coisa um tanto qto fulera rsrsrs... mas oia... gostei!!
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