Ate o dia que Zé Abreu foi lhe caçar.
A historia que vou recitar
Um senhor um dia veio me contar
Que andou pelas terras longínquas
e cantou as frases que vou falar
puxando verso ate a lua minguar
viu coisas que tenho ate medo de a vocês pronunciar.
Certa vez pela serra do vento
Avistei um veado ligeiro e inquieto
Na moita me escondi
A espingarda arrumei
E no veado atirei
Mas a bala destinada ao pobre infeliz eu errei.
Sem pensar me atirei em cima do bicho
Si debruçamos num pé de carrapicho
Rolamos a serra toda pra baixo
O veado se soltou e gritei eita diabo
Pois o esperto veado de alegria se acabo
Foi correndo o bicho mala sobrado que fugiu para o catimbo.
Fui correndo atrás do infeliz
Dava carreira sem nem vento entra pelo nariz
O bicho corria a mais de 60 légua e eu de perto o seguia
Sem deita na fadiga meu corpo estremecia
Pois o bicho não cansava e nem das forças se desvalia
Vai de reto veado avexado, só pode se do cão a tua guia.
Correndo feito o diabo se acabou a sola do meu velho sapato
Descalço e de pé na terra quente
Vi o veado da salto de 10 metros pro alto
Pra pula sobre o mendigo clemente
Que na beira da via tomava mais uma quentinha
Seu nome era conhecido de fato infalível Zeca da biquinha.
Já se passava 5 dias dessa corrida maldita
De Águas Belas a Bom Conselho nós já tínhamos arrudiado
O veado a essa altura já estava zambeta
Corria já no toco do joelho e eu disse agora eu lhe pego
E com os pés na carne viva tomei fôlego e saltei pra riba
Agora pense num nego que do pulo se viu lá da Paraíba.
Agarrei no pescoço do bicho
Da queda so se viu o risco
A poeira pro céu ia subindo
Era eu e o veado grunhindo
Chifre quebrado e sangue caindo
Vigi Maria o diabo do veado avia falecido.
Pois foi assim que aconteceu
Essa foi a caçada de Zé Abreu
Caboclinho ligeiro do cangaço
E se duvida do que esse contador tenha falado
Vá lá pras bandas de Iati e busque por Migue Penedo
Homem a quem devo todo esse enredo.
Um comentário:
veado fodinha hein rsrsrsrs
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