quinta-feira, 14 de julho de 2011

FRIO

Minha garganta apertada
se esforça em engolir, mas fica maltratada
jogada a dor de um sentimento
que foi muitas vezes desatento
e morre agora sem ao menos um carinho ou um beijo.
Sozinho aprendi a ser frio
gélido ar grotesco do meu coração
exalado por minhas artérias
que bombeiam cada centímetro cúbico de solidão.
Meu ardor em forma de paixão se perde
busca nexo no abstrato rumo da incerteza
e a cada duvida me pergunto se a razão é minha fraqueza
ao fim tudo que mais sei é quão ofegante pode ser a tristeza.