segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

SONHADOR




Aos teus lábios pedi abrigo
o teu ombro para minhas lagrimas fiz de lenço
do teu abraço roubei seu calor
no seu aconchego esqueci minha dor
esqueci meu medo ou qualquer temor
até que acordei e me vi apenas sonhador.

Não saber o que fazes
não ter solução para o que dizes
caçar letras nesse alfabeto inexistente
para dar-te uma resposta coerente
nessa tarde inquieta dormente
deparo com teu silencio insolente.

Faz teu jogo sem regras
onde minhas chances são remotas
sem picos ou baixas quem dirá graça
e no meu peito tenho quebras
minhas ideias ficam tortas
esticadas em um chão de praça.

Aos meus dias fecho os olhos
para poder dormir outra vez
sonhar com teus doces lábios
teu caloroso abraço
e teu ombro solidário
aos meus gostos e querer.