Um nó que além de apertado é cego
cego de não olhar para onde vai
cego de não olhar quem devia ser
desprovido de solução a tantos anos
promovido a solidão sombria em pouco tempo
é esse nó que temos, vivemos e aceitamos
é esse nó que mede a distancia em laços desastrosos.
Queria poder cortar cada laço embaraçado dessa vida
dar solução para enigmas racionais desse paralelo
ver canais de vida nesse meio mundo morto
caminhar sob matas semeadas com amor
colher cada flor e respirar seu doce furor
e quem sabe poder desfrutar dessa lembrança tão estranha
amarrada, esquecida e enterrada
cercada por esse nó imaginário
presa por esse nó tão cheio de dor
do qual faço parte e vivo tão bem
sou esse nó de amor, de dor, de bem
sou o nó da mente, por vezes quente
sou o nó que faz mal e te prende bem.
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