segunda-feira, 14 de março de 2016

Dessemelhante













Quão triste tu podes ser ó povo tupiniquim ?
Cegos sois ao olhares teus quererdes
tal como vedes a justiça dos comuns em botequim
se acabam com a censura de riscos em paredes.

Triste ver que vens ao mundo com brados monetizantes
repetitivos, simplórios e ao povo sofrido cativantes.
Maltratares ireis ao que mais confiaste em ti
foste assim comigo tupiniquim falso amante.

Uma dessemelhança vertente
ao par do olho fumegante
acabei com a liberdade doravante.

Aos céus olhai sem cegar-te ou sem que veja
chorar ireis ao olhar a pátria que morre e ama-te
e assim ó povo tupiniquim pereça no caminho que esteja.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

DEU O TEMPO

Deu o tempo das alegrias no dia-a-dia
dos segundos corridos da vida
das caricias soladas ao toque dos dedos
dos contos oriundos do seus medos.

Saudade desse tempo que foi pouco
nos momentos aos quais ficou solto
vai em paz cantiga amiga
desse tempos que te faz uma lembrança antiga.

Cada tremulo desejo que transpassa minha mente
não se compara a cena de minhas lagrimas em corrente
caudalosas torrencias de dor e impotência
são essas águas derramadas em forma de carência.

Perdi aos poucos todas alegrias
foram emboras minhas companhias
minhas tênues idas ao teu colo
meu momentos que agora não mais controlo.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

DESESPERANÇA

Dos momentos que deprecio
cada segundo deles me leva a crer
que pensamentos embebidos em ócio
mostram que existem menos motivos para se viver.

Das sentinelas acenadoras de cabeças
concordantes em taças cheias de falsidade
ou de uma falta de caráter e sobriedade
carregam demônios transvestidos em crianças.

Cada metro cubico de ar respirado
gera uma fadiga açoitante
cada gole de saliva seca
gera um sumo gosto de fel descrente.

Causticante vontade de semear
com sal, cal e venenos
matando assim a dor chorar
a podre face de quem convivemos.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

CANTIGA DA SAUDADE

Quando lembro da saudade no meu peito
passo vontade do teu cheiro.
Queria mais dos teus dias
mas não posso e nem me queixo.

Não falo nada por não poder
parar a tua lagrima e nem sanar o meu querer.
Quem vê pensa que a saudade é doença
que maltrata o cidadão que não pode se defender.

Se a saudade desse fruto
seria tão grande quanto a lima
cheia de carência dessa menina.
Se fosse de rio a corrente
como a água valente para desaguar 
em uma terra sem semente.

O homem com saudade vive bem,
bem triste, amuado e carente.
Na mão direita o copo de cana ardente
mas sem dose que aguente
a vontade de chorar que vem na mente.

Não tem arma que mate a saudade
nem faca que corte essa maldade.
Sobra apenas a vontade
de falar do amor e da paixão sem caridade.

Ave minha mãe da-me coragem de dizer
o quão grande é a mocidade
que patina, engatinha sem tremer
da gana que tenho de você.

Queria pedir o quanto antes
para esse passarinho encantador
leva essa cantiga com amor.
Na sua melodia refinada
de sonoridade adocicada
cuida da minha mensagem e do meu amor.

Venha cedo no outro dia me cantar
a resposta do meu recado de amor.
Mas de longe o que vem 
é o papel veis dobrado
entre linhas anotado
com as palavras do canário
que voou e não voltou.

Se tivesse ideia de onde vai nessa hora
pegava teu braço sem fazer queixa
segurava teu corpo quente sem dar deixa
e da tua boca tirava um beijo
como mel de arapuá
bebia teu doce amar
até Nosso Senhor o dia acabar.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

LOBO EM SEU FIM

Eis que nenhuma matilha a ti se aplica
andas só para teu próprio bem
vive do que caças sem divisão
roubas pequenas porções de coração
passas mal em não ter um ventrículo completo
mesmo sem dever ou exigir
sem falta fazer ou sentir
essa é a vida que deve seguir.

Seu pelo espesso, cor de céu nublado
esconde em cada fio um segredo
adormecido por gerações esquecidas
guardado em silencio critico
e amaldiçoado pelo saber dependente
dos seres misticos onipresentes.

Sua boca, entrada de um vazio úmido
nela cada dente suporta uma aflição
na sua linguá o sabor de um paladar sem gosto
onde por sua garganta o escuro ocupa a perdição
escorregando um túnel  sórdido de solidão.

O silencio profundo faz fundo
onde seus uivos ecoam confissões
sendo ambas narradas solitariamente
com testemunha do luar minguante
e  gruindo solitário
num vasto campo nevado
seu uivo como sussurro já abafado
some, se esconde, adormece silenciado.

sábado, 8 de março de 2014

QUE APENAS PASSE



Sentando ao esperar a vida passar
percorro minha vaga mente
no mar de dores ocas
que fazem ecoar em cada sussurro
o ar frio dos meus pensamentos escuros.

Meu trem por demais atrasa
já devia ter levado essa carcaça
seja para outro ar
seja para outro andar
mas o que queria era aqui não estar.

Meus momentos passageiros
carregados como carga morta
em um sentido torpe de decência
transbordam uma carnificina pálida
que se esguia sobre gotículas amargas.

Nessa linha longa e transpassada
juro não ter motivos mais
de sorrir, colher ou buscar morada
nisso sobra apenas um sorriso frio
em um corpo vazio de espirito dilacerado.

Quero galgar uma asfixia de lágrimas
que me afoguem as torturas sofridas
impostas sem amenizar-me as dores
sem me dar o deleite da dor sincera
da passagem de embarque do trem atrasado.


sábado, 8 de fevereiro de 2014

ME



Fala-me, se não quiseres mais a minha atenção.
Diz-me, quanto dos teus minutos ainda tenho.
Chora-me, tuas lagrimas de tristeza.
Escuta-me, enquanto tenho sabias palavras.

Aguardo atento seu olhar banhado em benção
me cegando com seus olhares eu venho
desde meus pequenos anos sem clareza
ou sem a doçura que vejo nas terras que lavras.

Os anos que se passam na terra de teus pais
me prendem sem consultar se quero te esquecer
ao menos um pouco mais venho pedir
que me olhes como aquela vez.

Aonde foram as caricias que sentia
ao passar de anos se foram.
Tão cristalinas eram as malicias
ocultadas na humanidade dos teus olhos.

Diga-me, onde perdemos nosso tempo.
Pega-me, onde fiquei sem ti.
Adorna-me, com teu abraço quente.
Ama-me, mesmo sabendo que não amo ninguém.

domingo, 15 de setembro de 2013

VERSOS VAGABUNDOS



Não posso afirmar minha morada
nem minha alegria banida
quanto minha caminhada perdida
ou do meu coração a sua batida.
Sou um vagabundo moderno
que vive em seu passado
escrevendo nas broxuras do caderno
a vida de um malandro adornado em ouro
no seu céu platinado de agouro
com sua vida banhada em prata.
Vê sua riqueza indecente
derreter em rios caudalosos
de sal embebido em águas
tão quentes, dementes e claras.
Vagabundo ébrio
é mau exemplo certo
das vidas escondidas
bom é apenas seu sorriso
como um tordo, delicado impercebido.
Malandro em seus pensamentos
vagabundo em seus momentos
seu sotaque causa duvida
seu mundo particular repulsa
e seu andar o silencio faz esquecer
pois sua história esse vagabundo
tão pouco dono do mundo
ainda vai muitos metros tecer.