sábado, 22 de junho de 2013

OFENSAS




Grito palavras sórdidas e indecentes
te ofendo louca e puramente
pois estou cansado de desculpas
e viro as costas para suas recusas.
Caia em depressão de ser alguém
ou busque ser imitação barata
mas acho difícil pois você nem sabe de quem
já que na arte de viver sois novata.
Não perderei uma unica letra para te falar
o que queria ou não quero mais
suma da minha vida nostalgicamente
para que assim eu viva decentemente.
Ignorar-te será um alivio
que meu orgulho seja um diluvio
e mostre a ti o que fui, sou e serei
já que saudade de ti jamais sentirei.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O MENINO



Ele era um menino
que sonhava delirantemente
ser um anjo ou ser divino
criativo e inocente.
Buscava saltar as dores do mundo
assombrava as dificuldades da vida
acalentava suas agonias
com a esperança de um gigante
a força de um titã
e a rapidez de uma centelha.
Corria contra o tempo
ou contra o vento
ele não sabe bem o que
mas vai sem temer
esse futuro que não pode ver.
Sua visão distante não se satisfaz
seu tempero de vida perde o gosto
vai se tornando cada vez mais desgostoso.
Sua circulação já se faz pastosa
e em seu rosto rolam lagrimas arenosas
sua boca com um gosto metálico
não traduz mais as escrituras
nem reproduz mais doces palavras.
Cai em um buraco feito em seu peito
não grita por achar desnecessário
não chora por ter orgulho
nem se arrepende dos seus atos.
Vira cada passada em um caminho
reto, discreto e em chão batido
tropeça pedras no caminho
para tentar cair e se machucar
e na dor da queda tentar chorar
mas em vão vê seu seu amargo tempo
lento, retrocesso e distante não acabar.