Eis que nenhuma matilha a ti se aplica
andas só para teu próprio bem
vive do que caças sem divisão
roubas pequenas porções de coração
passas mal em não ter um ventrículo completo
mesmo sem dever ou exigir
sem falta fazer ou sentir
essa é a vida que deve seguir.
Seu pelo espesso, cor de céu nublado
esconde em cada fio um segredo
adormecido por gerações esquecidas
guardado em silencio critico
e amaldiçoado pelo saber dependente
dos seres misticos onipresentes.
Sua boca, entrada de um vazio úmido
nela cada dente suporta uma aflição
na sua linguá o sabor de um paladar sem gosto
onde por sua garganta o escuro ocupa a perdição
escorregando um túnel sórdido de solidão.
O silencio profundo faz fundo
onde seus uivos ecoam confissões
sendo ambas narradas solitariamente
com testemunha do luar minguante
e gruindo solitário
num vasto campo nevado
seu uivo como sussurro já abafado
some, se esconde, adormece silenciado.